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Milhã,02/05/2025

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Governadores têm atuação aprovada em segurança pública, enquanto governo federal registra insatisfação

Avaliação positiva de governadores contrasta com insatisfação em relação ao governo federal, que enfrenta críticas pela falta de ações efetivas no combate à violência.


Governadores têm atuação aprovada em segurança pública, enquanto governo federal registra insatisfação Um dos suspeitos detidos em operação contra facções criminosas em Macaíba — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Governadores se destacam em avaliação sobre segurança pública em comparação ao governo federal



Uma recente pesquisa realizada pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revelou que a maioria da população brasileira considera positiva a atuação dos governadores no combate ao crime e à violência. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (30), mostram que 36% dos entrevistados aprovam as ações estaduais, em contraste com apenas 25% que têm uma visão favorável do governo federal.



Desde a promulgação da Constituição de 1988, as responsabilidades em segurança pública foram ampliadas para os governadores, que enfrentam um histórico de omissão por parte das administrações federais. A pesquisa indica que 70% da população vê a violência e o crime organizado como problemas nacionais, enquanto apenas 26% consideram que é uma questão meramente regional, sublinhando uma demanda crescente por medidas mais efetivas da União.



Dentro desse contexto, a falta de ação contundente do governo federal em relação à segurança pública gera insatisfação. Um dado relevante da pesquisa aponta que 85% dos brasileiros defendem a necessidade de uma colaboração mais estreita entre os níveis federal e estadual na luta contra o crime.



Embora a atual administração, liderada pelo presidente Lula, tenha apresentado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) visando fortalecer a atuação federal na segurança, os governadores demonstram resistência. Eles temem que essa manobra possa resultar em uma perda de influência sobre as políticas de segurança pública. Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, o cerne do problema não reside nas ações das polícias estaduais, mas sim na fragilidade da Justiça. Nunes destaca que a percepção geral é de que "a polícia prende e a Justiça solta", uma visão que reflete a maturidade crescente do eleitorado sobre as complexidades da segurança.



A insegurança pública deverá ser um dos principais tópicos nas eleições gerais de 2026, com candidatos enfrentando pressão para apresentar soluções mais rigorosas. Além disso, a pesquisa revelou que 86% dos entrevistados acreditam que a legislação atual é fraca, contribuindo para a impunidade.



A sondagem realizada pela Quaest entre os dias 27 e 31 de março abrangeu 2.004 pessoas em 120 municípios, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais. A seguir, os principais resultados da pesquisa:



Avaliação da atuação na segurança pública

Atuação federal:

Positiva: 25%;

Regular: 32%;

Negativa: 38%;

Não sabe/não respondeu: 5%.



Atuação estadual:

Positiva: 36%;

Regular: 29%;

Negativa: 28%;

Não sabe/não respondeu: 7%.



A violência e o crime organizado são considerados problemas nacionais ou regionais?

Nacionais: 70%;

Regionais: 26%;

Não sabe/não respondeu: 4%.



Quem deve ser responsável pelo combate ao crime organizado?

Governo estadual e federal: 85%;

Apenas governo estadual: 9%;

Não sabe/não respondeu: 6%.



A polícia prende bandido, mas a Justiça solta por causa de legislação fraca?

Concorda: 86%;

Não concorda nem discorda: 1%;

Discorda: 11%;

Não sabe/não respondeu: 2%.



A pesquisa destaca a necessidade urgente de melhorias nas políticas de segurança pública, tanto a nível estadual quanto federal, em um momento em que o debate sobre o tema se intensifica no cenário nacional.




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