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Milhã,02/05/2025

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Cerca de 66% dos trabalhadores brasileiros já pensaram em deixar empregos, aponta estudo da FGV

Estudo revela que insatisfação com salários e falta de oportunidades de crescimento são as principais razões para os trabalhadores cogitarem deixar seus empregos.


Cerca de 66% dos trabalhadores brasileiros já pensaram em deixar empregos, aponta estudo da FGV Estudo da FGV revela que 66% dos trabalhadores brasileiros já pensaram em pedir demissão devido à insatisfação com salários e falta de oportunidades. — Foto: Arte g1/Thalita Ferraz

Cerca de 66% dos trabalhadores brasileiros já consideraram deixar seus empregos, conforme apontam dados de um estudo recente realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Dentre eles, 16% afirmam que essa ideia tem sido frequente em suas mentes. Esse cenário de insatisfação parece estar intimamente ligado à estagnação profissional e aos baixos salários.



O estudo, que faz parte da 2ª edição do Engaja S/A, foi elaborado pela Flash em colaboração com a FGV-EAESP e o Talenses Group. Os números mais alarmantes surgem entre os funcionários que se mostram desengajados: aproximadamente 93% deles já pensaram em pedir demissão, e 51% fazem isso com frequência. Para comparação, esse percentual é quase duas vezes maior do que entre os trabalhadores engajados, onde apenas 10% têm essa intenção.



As razões para essa frustração são claras. Quase 16% dos desengajados citam a remuneração e benefícios como suas principais queixas, enquanto 13% mencionam a falta de oportunidades de crescimento. Além disso, questões como salários condizentes com a função, bônus e mobilidade interna têm recebido avaliações negativas por parte dos profissionais.



Esse descontentamento também se reflete na prática do “quiet quitting”, onde o trabalhador executa apenas o mínimo exigido, sem buscar se destacar. Nove em cada dez trabalhadores reconhecem ter adotado esse comportamento em algum momento ao longo de 2024. Destes, quase 49% dos desengajados admitiram que frequentemente atuam dessa maneira.



Como ressalta Paul Ferreira, professor da FGV, algumas empresas atraem talentos com salários elevados, mas uma vez contratados, os colaboradores não veem aumentos ou progressões em suas carreiras, o que gera uma sensação de estagnação e desmotivação.



O levantamento, que analisou as experiências de 2.736 trabalhadores no Brasil, também se relaciona com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em apenas seis meses do ano passado, 4,3 milhões de pessoas pediram demissão voluntariamente. As motivações foram diversas, com 36,5% já possuindo outro emprego em vista, 32,5% tendo como razão o baixo salário e 24,7% indicando falta de reconhecimento profissional.



Além disso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada pelo IBGE revelou que a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 foi de 7%, o que representa um dos menores índices da série histórica. Contudo, o crescimento das demissões voluntárias gerou um aumento nas buscas por informações relacionadas ao processo de demissão, que subiram 173% no Google, entre março de 2024 e março de 2025.



As pesquisas não se restringem apenas ao aspecto burocrático, mas também refletem as preocupações financeiras que muitos trabalhadores possuem ao considerar essa decisão. Dentre as 12 dúvidas mais frequentes, a maioria está relacionada ao pedido de demissão, como o cálculo das verbas rescisórias e o acesso ao FGTS e seguro-desemprego, totalizando 491.500 consultas sobre esses temas.



Além do impacto financeiro, uma dúvida recorrente é sobre como formalizar o pedido de demissão. Muitos buscam clareza a respeito do aviso prévio e do momento ideal para a saída. Essas questões burocráticas atraem 224.360 pesquisas, evidenciando o desejo dos trabalhadores em cumprir corretamente todos os trâmites legais.



Se você está considerando pedir demissão, uma dica importante é prestar atenção ao dia escolhido para formalizar o pedido, pois isso pode influenciar nos valores da rescisão. Especialistas recomendam que, se possível, o pedido seja feito após o 15º dia do mês.




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