Tim Cook, o CEO da Apple, revelou em uma declaração feita na última quinta-feira (1º) que a maioria dos iPhones comercializados nos Estados Unidos neste trimestre será produzida na Índia. Ao mesmo tempo, iPads e outros dispositivos eletrônicos estão sendo fabricados no Vietnã, como parte de uma estratégia para mitigar os impactos das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump.

No primeiro trimestre do ano, a Apple reportou um lucro de US$ 24,78 bilhões, equivalentes a US$ 1,65 por ação, superando as expectativas do mercado, que eram de US$ 1,62 por ação sobre uma receita de US$ 94,19 bilhões. A receita totalizou US$ 95,36 bilhões, um aumento de 5,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que tinha alcançado US$ 90,75 bilhões.

O impacto das tarifas, que o CEO estima em cerca de US$ 900 milhões para o trimestre em questão, foi considerado limitado até agora nos resultados financeiros da empresa. Cook expressou confiança de que a Apple pode continuar a se manter competitiva, mesmo em meio a esse desafio.

Embora parte do aumento nas vendas tenha sido impulsionado por compras antecipadas de consumidores ansiosos por evitar a elevação nos preços que resultariam das tarifas, as margens de lucro permaneceram saudáveis, de acordo com a análise de Thomas Monteiro, da Investing.com.

As ações da Apple sofreram uma queda significativa de 23% após o anúncio das tarifas por Trump, que ameaçavam afetar drasticamente a empresa devido à sua dependência de fábricas chinesas para a produção de seus aparelhos. A corrida de consumidores para adquirir novos dispositivos, antes da implementação das tarifas, poderá ser observada nos próximos resultados trimestrais da companhia.

Além de sua intenção de manter um bom relacionamento com Trump, Cook fez doações significativas e organizou encontros com o presidente. A Apple também anunciou um investimento de US$ 500 bilhões nos Estados Unidos, com a perspectiva de criar 20 mil novos empregos ao longo dos próximos quatro anos.