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Milhã,02/05/2025

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Cardeal Pietro Parolin se destaca como candidato à sucessão do Papa Francisco com postura moderada e diplomática

Cardeal italiano tem se destacado por sua atuação diplomática e por buscar a unidade na Igreja, apesar de críticas sobre sua experiência pastoral e decisões polêmicas.


Cardeal Pietro Parolin se destaca como candidato à sucessão do Papa Francisco com postura moderada e diplomática Cardeal Pietro Parolin, considerado um dos favoritos para suceder o Papa Francisco, durante missa no Vaticano. — Foto: Yara Nardi/Reuters

Aos 70 anos, o cardeal Pietro Parolin é uma figura proeminente na Igreja Católica, tendo atuado como o número dois do Vaticano durante praticamente todo o pontificado de Francisco. Ele está agora entre os principais candidatos para suceder o primeiro papa latino-americano, destacando-se como um potencial sucessor que representa a continuidade e a possibilidade de reconciliação interna na Igreja.



Parolin, que ocupou a função de secretário de Estado e se tornou a representação mais visível do Vaticano no cenário internacional, tem uma vasta experiência, tendo feito parte de negociações importantes que restabeleceram as relações entre o Vaticano e o México. Ele também teve um papel significativo como núncio na Venezuela e na mediação do diálogo entre Estados Unidos e Cuba.



Com uma postura discreta e diplomática, Parolin se destaca pelo seu jeito calmo e por levar com sutileza as conversas. Ele participou ativamente de discussões sensíveis, incluindo acordos com China e Vietnã, buscando sempre o consenso e a estabilidade. Nesse contexto, seu histórico levanta questões sobre a capacidade de criar uma unidade na Igreja, mesmo após críticas sobre seu estilo e envolvimento.



O cardeal é reconhecido globalmente e possui um profundo conhecimento dos meandros da Cúria Romana. Apesar de ser uma figura respeitada, uma fonte interna à Igreja comentou que o grande desafio para Parolin pode ser sua falta de experiência em responsabilidades pastorais, o que poderia impactar sua aceitação como um unificador dentro da Igreja.



De origem italiana, Parolin nasceu em 17 de janeiro de 1955, em uma família tradicionalmente católica próxima a Veneza. Perdeu o pai em um acidente quando tinha apenas 10 anos. Após entrar para o seminário aos 14, foi ordenado aos 25 anos e dedicou sua carreira ao serviço diplomático da Santa Sé, acumulando uma rica experiência ao longo de quatro décadas.



O cardeal tem se destacado por opiniões inovadoras e cautelosas, como em sua declaração sobre o celibato sacerdotal, que ele afirma ser um "presente de Deus" para a Igreja. Ele também se manifestou contra a ligação entre homossexualidade e violência sexual, classificando essa perspectiva como "indefensável". Sua disposição a dialogar sobre questões sensíveis, como o aborto e o gênero, é notável para um alto membro da hierarquia da Igreja.



No cenário internacional, Parolin esteve presente no delicado processo que resultou no histórico acordo de 2018 entre a Santa Sé e o governo chinês sobre a nomeação de bispos, um passo importante para a diminuição das tensões que perduraram por quase 70 anos. Contudo, sua abordagem foi alvo de críticas, principalmente de conservadores, que sugerem que ele pode ter prejudicado os católicos na Igreja clandestina.



Com o conclave se aproximando, o futuro do Vaticano pode estar nas mãos de Parolin, cujos anos de experiência e um perfil moderado podem fazer a diferença em tempos de desafios internos e externos para a Igreja Católica.




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