Seja bem-vindo
Milhã,02/05/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Explosão em porto do Irã deixa 40 mortos e 1.200 feridos

Explosão em instalação portuária gera caos no Irã e levanta questões sobre segurança e possíveis negligências.


Explosão em porto do Irã deixa 40 mortos e 1.200 feridos Bombeiros tentam extinguir fogo em um porto localizado em Bandar Abbas, no sul do Irã, após uma explosão de grandes proporções atingir o local. — Foto: Mahdi Nori/Fars News Agency via AP

A explosão de grandes proporções ocorrida no último sábado (26) no porto Shahid Rajaee, localizado em Bandar Abbas, no sul do Irã, resultou na morte de 40 pessoas e deixou aproximadamente 1.200 feridos. As autoridades ainda trabalham para controlar o incêndio que se seguiu ao incidente.



O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, visitou os feridos neste domingo (27), coincidentemente no mesmo dia em que o país iniciava uma nova rodada de conversações sobre tecnologia nuclear com os Estados Unidos, em Omã. Até o momento, as causas da explosão não foram totalmente esclarecidas, levando o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, a exigir uma investigação detalhada da situação.



Em seu comunicado, Khamenei enfatizou que as autoridades responsáveis pela Segurança e Justiça devem determinar se houve algum tipo de negligência ou intenção por trás do evento. Além disso, a alfândega do porto relatou que caminhões estavam sendo evacuados da área e que o pátio de contêineres onde a explosão ocorreu poderia conter "bens perigosos e produtos químicos".



Pezeshkian afirmou em uma transmissão pela televisão estatal que é crucial descobrir as razões que levaram a esse acidente, destacando que a negligência no manuseio de materiais inflamáveis pode ter sido um fator determinante. As equipes de emergência estão trabalhando para extinguir o fogo, que se espera estar completamente controlado ainda neste domingo.



Imagens veiculadas pela agência de notícias Tasnim mostram um cenário caótico, com feridos sendo atendidos nas ruas. O governador provincial, Mohammad Ashouri, declarou três dias de luto em homenagem às vítimas.



De acordo com a empresa de segurança privada Ambrey, há indícios de que o porto havia recebido um carregamento de perclorato de amônio, uma substância química que pode ser utilizada na fabricação de combustível para mísseis. Este carregamento teria chegado em março através de dois navios e seria parte de um esforço para reabastecer os estoques iranianos, consumidos em recentes apontamentos na Faixa de Gaza.



Em contrapartida, o porta-voz do Ministério da Defesa iraniano, general Reza Talaeinik, refutou as alegações de que o porto estivesse armazenando combustível destinado ao uso militar. Ele negou a presença de qualquer remessa militar no local e prometeu que mais esclarecimentos seriam fornecidos posteriormente.



Instalações relacionadas ao petróleo não foram afetadas pela explosão, conforme informou a Companhia Nacional de Refino e Distribuição de Petróleo do Irã. A explosão, que teve um impacto significativo, quebrou janelas a vários quilômetros de distância e foi ouvida na ilha de Qeshm, situada a 26 quilômetros ao sul de Bandar Abbas.



Este incidente ocorre em um contexto de crescente tensão na região, que já teve episódios de ciberataques a instalações do porto em 2020, supostamente atribuídos a Israel como uma retaliação. Até o momento, não houve resposta do Exército israelense ou do governo de Benjamin Netanyahu sobre potenciais ligações com a explosão em Bandar Abbas.




COMENTÁRIOS

1

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.