Duas habitantes de Rondônia, atualmente residindo em Portugal, compartilharam suas experiências de incerteza durante um apagão que ocorreu nesta segunda-feira (28). A interrupção na rede elétrica afetou também a Espanha, resultando na paralisação de serviços essenciais e causando tumulto em várias áreas. O evento destacou os desafios enfrentados por milhares de pessoas nos dois países.

Leili Ribeiro, que trabalha em um salão de beleza, descreveu o momento em que o alarme do prédio começou a tocar por volta das 12h, horário local (7h em Brasília). "Foi quando percebemos que estávamos sem energia e água, já que a bomba funciona com eletricidade", relatou. Inicialmente, a brasileira pensou que o problema seria temporário, mas logo se deu conta da gravidade da situação. "Os metrôs e ônibus pararam, semáforos desligados, supermercados fechados. Um verdadeiro caos", afirmou.

O apagão teve início por volta das 12h, impactando aeroportos, estações de trem e sistemas de telecomunicações em Portugal e na Espanha. Em Madri, a falta de sinalização semáforos causou severos engarrafamentos.

Outro testemunho veio de Hosana Barbosa, também de Rondônia, que vive em Portugal há seis anos e trabalha como cozinheira e pasteleira. Ela mencionou que seu marido, que atua na montagem de caixas eletrônicos, foi liberado do trabalho devido à falta de luz. "Ele teve que buscar nossos filhos na escola, que também ficou sem energia. Os mercados e bancos estão fechados, assim como os postos de gasolina. A única informação que temos é sobre um corte de energia que atinge Portugal e outros países da Europa", disse Hosana.

Conforme informações divulgadas pela REN, a operadora da rede elétrica de Portugal, o apagão foi resultado de uma falha na rede espanhola, ligada a um fenômeno atmosférico pouco comum. Embora o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, tenha comentado que a expectativa é de que a energia seja reestabelecida nas próximas horas, a REN alertou que a normalização completa dos serviços pode levar até uma semana.

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