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Milhã,17/05/2025

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Deputada Carla Zambelli é alvo de operação da Polícia Federal e tem passaporte apreendido por determinação do STF

Operação da PF resulta na apreensão do passaporte da deputada devido a condenação por invasão de sistemas e outras acusações criminais.


Deputada Carla Zambelli é alvo de operação da Polícia Federal e tem passaporte apreendido por determinação do STF Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) concede entrevista coletiva após operação da Polícia Federal que resultou em buscas e apreensões no seu apartamento funcional e em seu gabinete. — Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), conhecida por sua trajetória intensa no cenário político brasileiro, se viu no centro das atenções nesta quarta-feira, 2 de agosto, após uma operação da Polícia Federal em seu apartamento funcional e gabinete. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que também determinou a apreensão do passaporte da parlamentar, além de bens e valores superiores a R$ 10 mil.



Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, Zambelli possui um histórico repleto de polêmicas. Em um dos episódios marcantes de sua carreira, ela se acorrentou em uma pilastra na Câmara dos Deputados em 2015, com o intuito de pressionar o então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), a iniciar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).



O ativismo de Zambelli começou nas ruas em 2011, onde transitou pelo movimento feminista antes de se firmar como uma figura proeminente no bolsonarismo. Recentemente, sua imagem sofreu desgaste e a relação com seus aliados teve uma queda significativa. Ela foi condenada por unânime acordo devido à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, onde orientou um hacker a inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes.



A parlamentar também enfrenta acusações de porte ilegal de armas e constrangimento ilegal. Um dos julgamentos foi suspenso após pedido de vista do ministro do STF, Kássio Nunes.



Em seu percurso político, Zambelli foi uma das fundadoras do movimento Nas Ruas em 2011, buscando atrair as massas para protestos que culminaram nas grandes manifestações de 2013. No entanto, sua oratória e atuação a tornaram uma representante de uma ala mais conservadora. Em 2012, integrou o grupo feminista Femen, destacando-se pela participação em protestos que adotavam táticas radicais. Em 2015, novamente no Centro do Debate Político, se acorrentou na Câmara para exigir um impeachment.



Em 2018, nas eleições que trouxeram Jair Bolsonaro à presidência, Carla Zambelli foi eleita como uma das deputadas mais votadas por São Paulo. Durante sua primeira gestão, serviu como vice-líder do Partido Social Liberal (PSL) e ocupou cargos em várias comissões, inclusive na comissão do Meio Ambiente. Contudo, sua trajetória não foi isenta de conturbações; teve um rompimento notório com a colega Joice Hasselmann, com quem inicialmente compartilhou apoio ao governo de Bolsonaro, mas que.resultou em rixas públicas.



Em 2022, Carla Zambelli foi reeleita, recebendo 946.244 votos, o que a colocou entre as três deputadas federais com maior votação do país. Porém, em janeiro de 2025, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu cassar seu mandato devido a condenações por uso indevido de meios de comunicação e abuso de poder político relacionados às eleições de 2022.



Além disso, um incidente envolvendo a deputada apontando uma arma para um homem em São Paulo no final de 2022 resultou em novas acusações. Em março de 2025, o STF aceitou a denúncia, e Zambelli se tornou ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.



Por fim, a deputada também foi criticada pelo ex-presidente Bolsonaro, que a responsabilizou pelo impacto negativo em sua chapa nas eleições, reforçando um clima de desconfiança em relação à figura de Zambelli no meio político. Atualmente, sua situação se complica com a condenação recente, que resulta na inelegibilidade e na possibilidade de perda de mandato, conforme as regras da Lei da Ficha Limpa.




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