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Milhã,09/05/2025

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Apenas 20% da população brasileira consome frutas e verduras em quantidade recomendada pela OMS, aponta pesquisa da UFMG

Estudo da UFMG revela dificuldades financeiras e rotinas corridas como principais barreiras para o consumo de alimentação saudável entre os brasileiros.


Apenas 20% da população brasileira consome frutas e verduras em quantidade recomendada pela OMS, aponta pesquisa da UFMG

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que apenas 20% da população brasileira atinge a meta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de consumir ao menos cinco porções diárias de frutas e verduras, totalizando aproximadamente 400 gramas. A investigação analisou dados do Ministério da Saúde entre 2008 e 2023, abrangendo cerca de 50 mil pessoas anualmente, em todas as capitais e no Distrito Federal.

A fisioterapeuta e auxiliar administrativo Ana Luiza Lages Costa, de 26 anos, é um exemplo entre aqueles que enfrentam dificuldades em incluir alimentos saudáveis na dieta. Ela compartilha sua preferência por refeições à base de arroz, batata frita e carne, enquanto costuma deixar de lado feijão e verduras. “Para mim, sempre foi complicado e, mesmo após os 26 anos, ainda encontro dificuldades. Meu gosto é mais voltado para doces e produtos industrializados”, revela Ana.

Os pesquisadores descobriram que, além da questão financeira, a rotina agitada do cotidiano influencia negativamente o consumo de alimentos saudáveis. Muitos brasileiros, pela falta de tempo, acabam optando por refeições rápidas e práticas, geralmente menos nutritivas. A costureira Marta Maria Bezerra ilustra essa situação: “Saio de casa muito cedo para trabalhar. Às vezes, minha alimentação se resume a lanches, e costumo preparar refeições para a semana toda por causa da correria.”

O professor Rafael Claro, do departamento de nutrição da escola de enfermagem da UFMG, ressalta que a disponibilidade de alimentos não saudáveis, geralmente mais acessíveis, influencia diretamente as escolhas alimentares da população. Essa realidade torna complexo o esforço para uma dieta equilibrada, especialmente quando os preços de frutas e verduras são elevados.

O estudo também revela que é mais simples estabelecer hábitos saudáveis na infância do que tentar modificar comportamentos alimentares na vida adulta. A educação alimentar nas escolas é essencial para mostrar que alimentos frescos não são apenas saborosos, mas fundamentais para uma saúde adequada. Crianças como João Frederico Moreira Passos, de 10 anos, já entendem essa importância: “Nossos ossos precisam de cálcio para crescermos saudáveis”, afirma. Da mesma forma, Miguel Barroso Machado, também de 10 anos, enfatiza que “alimentos processados fazem mal e uma dieta balanceada pode melhorar a qualidade de vida”.

A pesquisa destaca um desafio significativo para a saúde pública no Brasil, evidenciando a necessidade de ações que promovam uma alimentação mais acessível e informativa, a fim de incentivar melhores escolhas nutricionais entre a população.




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