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Milhã,18/05/2025

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Supremo Tribunal Federal inicia audiências sobre suposto plano golpista de ex-integrantes do governo Bolsonaro

Audiências no STF buscam esclarecer os detalhes de um suposto plano de ex-integrantes do governo para manter o ex-presidente no poder, com depoimentos de figuras relevantes do cenário político e militar.


Supremo Tribunal Federal inicia audiências sobre suposto plano golpista de ex-integrantes do governo Bolsonaro Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19) a audiência de testemunhas na ação penal que investiga um suposto plano golpista liderado por ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) para manter o ex-presidente no poder, mesmo após a derrota nas eleições. Durante essa semana, será dada prioridade aos depoimentos da acusação, que foram escolhidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR).



Entre os 82 depoimentos previstos entre maio e junho, estão os de importantes figuras, como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal), além do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.



A audiência começa com as testemunhas da acusação, que incluem nomes de alta relevância nas Forças Armadas, como os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica). Ambos já depuseram e confirmaram que Bolsonaro havia apresentado um rascunho de um golpe. Outras pessoas citadas são:




  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, empresário ligado à produção de material desacreditando as urnas eletrônicas;

  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor responsável por planilhas utilizadas para mapeamento de eleitores;

  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que teria trabalhado para dificultar o deslocamento de eleitores.



Em uma recente decisão, a PGR liberou o governador Ibaneis Rocha de depor nesta segunda, mas ele se mantém como testemunha no caso do ex-ministro Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.



Os depoimentos prosseguem na quinta-feira (22), quando serão ouvidas testemunhas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que fez um acordo de delação premiada. O ex-comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, que estava em serviço no dia dos incidentes, também figurará entre os convocados.



A partir de sexta-feira (23), a agenda de depoimentos incluem também testemunhas ligadas às atividades de Alexandre Ramagem e do general Braga Netto, com nomes notáveis do setor de segurança e da Polícia Federal.



Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, ocorrerão os depoimentos de pessoas escolhidas pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. Esta lista conta com nomes como o governante Tarcísio de Freitas, o advogado Amauri Feres Saad, e outros aliados políticos.



A Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia ao STF em 26 de março, envolvendo Jair Bolsonaro e mais 33 réus, acusados de envolvimento em um golpe de Estado e na tentativa de violar o Estado Democrático de Direito. Segundo a PGR, a organização tinha como líderes o próprio Bolsonaro e seu antigo candidato à vice, Braga Netto, além de diversos civis e militares que conjuntaram esforços para impedir a execução do resultado das eleições de 2022.



Os réus foram organizados em diferentes núcleos, com o núcleo crucial do golpe envolvendo Bolsonaro e Mauro Cid, ao lado de outros como Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) e Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).




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