Governo federal anuncia nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida para população em situação de rua
Medida visa reservar unidades habitacionais para famílias vulneráveis em 38 municípios, priorizando crianças, mulheres e pessoas com deficiência.

O governo federal divulgará, nesta terça-feira (22), um novo projeto do Minha Casa, Minha Vida voltado para atender a população em situação de rua. A iniciativa estabelece que 3% das unidades habitacionais disponíveis em 38 municípios sejam reservadas especificamente para esse público vulnerável.
Entre as cidades que deverão implementar essa nova medida estão:
- Belo Horizonte (MG)
- Brasília (DF)
- Curitiba (PR)
- Fortaleza (CE)
- Juiz de Fora (MG)
- Maceió (AL)
- Manaus (AM)
- Belém (PA)
- Porto Alegre (RS)
- Recife (PE)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Salvador (BA)
- São José do Rio Preto (SP)
Serão priorizadas famílias que incluam:
- crianças e adolescentes;
- mulheres;
- gestantes;
- pessoas trans;
- idosos;
- pessoas com deficiência.
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que essa modalidade será financiada integralmente pelo Minha Casa, Minha Vida FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), o que significa que não haverá custos para as pessoas beneficiadas. "Não haverá pagamento da parcela do MCMV para essa população. Nosso objetivo é retirar essas famílias das ruas, oferecendo não apenas um lar, mas também suporte social, psicológico e de saúde", afirmou o ministro.
Além da habitação, o governo planeja implementar programas de reinserção no mercado de trabalho, adaptando os treinamentos às características específicas de cada família. Essa regulamentação surge mais de um ano após o presidente Lula ter sancionado a nova versão do Minha Casa, Minha Vida, que já previa a priorização de pessoas em situação de rua, mas apenas agora estabelece as diretrizes necessárias para sua execução.
Das 38 cidades que devem cumprir a reserva, a seleção foi baseada na quantidade de pessoas em situação de rua, conforme dados do Cadastro Único. Nos municípios que não atingem esse número, não há imposição, mas será incentivada a priorização segundo a legislação do programa. Vale mencionar que essa lista de locais será revisitada a cada dois anos.
Em relação ao número de unidades disponibilizadas, o ministro projetou que cerca de mil habitações serão direcionadas a esse grupo no primeiro ciclo de implementação.
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